Créditos da imagem: Revista Agropecuária
As lesões de casco no rebanho leiteiro são responsáveis por grande desconforto animal que acaba resultando em queda na produção, gastos com o tratamento, descarte do leite pelo uso de antibióticos e complicações na reprodução. Por isso, conhecer e estar atento aos principais fatores que causam estas lesões, agindo preventivamente, é o melhor método de gestão na fazenda.
Os problemas de casco são mais comuns na alta produção e nos sistemas de confinamento, mas o barro e as fezes em piquetes também são muito prejudiciais.
As doenças de casco em bovinos podem ser causadas por uma série de fatores: problemas na nutrição, no ambiente ou até na genética do animal. Explicando melhor esses fatores de causa temos:
- Genética dos animais: A genética evoluiu a questão da produção de leite, mas não a evolução dos cascos para suportar maior peso. Além disso, animais com aprumos irregulares vão transferir essas características, o que pode ser corrigido em sua fase jovem.
- Causas relacionadas ao ambiente: Ambientes úmidos, sem a higiene correta e com pisos irregulares apresentam maior chance de provocarem lesões podais. O risco é maior no confinamento porque os cascos de bovinos confinados geralmente é mais mole, ficando mais suscetível à entrada de elementos como pedras e abrindo espaço para bactérias. O estresse térmico também prejudica os cascos, uma vez que esses animais tendem a passar mais tempo em pé.
- Causas relacionadas à nutrição: Dietas não equilibradas, principalmente em rebanhos de alta produção, podem desencadear problemas podais. Alta ingestão de grãos como o milho, por exemplo, pode ser responsável pela Laminite. Um profissional da área deve definir o equilíbrio na ingestão de fibras, micro minerais, etc.
Segundo o médico veterinário Glauber Melo, “A dieta mal manejada pode levar à acidose ruminal, afetando a circulação hepática com bactérias circulantes que irão se depositar nas extremidades da corrente sanguínea, os cascos.”
Prevenção das lesões podais
- Casqueamento preventivo: O casqueamento corrige imperfeições nos aprumos, restabelece o apoio correto e evita lesões graves nos cascos. O casqueador faz a apara das pinças, iguala a altura dos talões, realiza aprumos e entende o início das lesões. Essa prática preventiva deve acontecer ao menos 2 vezes ao ano para evitar que haja descarte precoce de animais e prejuízos econômicos.
- Pedilúvio: O pedilúvio é uma instalação com soluções específicas para melhorar a saúde dos cascos. É um modo preventivo de baixo custo e de grande eficácia, onde as vacas molham o casco pelo menos uma vez por dia.
Sabia que a limpeza ineficiente dos ambientes na fazenda também pode causar doenças no rebanho? Entenda como ela e outros fatores podem causar, por exemplo, a pneumonia nas bezerras: